Luanda, 20 mar (EFE).- O papa exigiu hoje medidas econômicas e legislativas em defesa da família, "que está ameaçada", reiterou a validade do casamento e criticou "a tendência que existe atualmente na sociedade de pôr em questão o caráter único e a missão da família baseada no casamento".
Bento XVI fez as declarações no discurso que dirigiu aos bispos de Angola e São Tomé, com os quais se reuniu em seu primeiro dia de estadia em Luanda, segunda etapa de sua primeira viagem à África, que também o levou a Yaoundé, a capital de Camarões.
Diante de 25 prelados, reunidos na Nunciatura de Luanda, onde se hospeda durante sua visita, o papa disse que a família "está ameaçada" e é uma das "mais expostas e com maiores dificuldades".
"A família tem que ser apoiada, já que à fragilidade e à instabilidade interna de tantas uniões conjugais se une agora a tendência divulgada na sociedade e na cultura de pôr em questão o caráter único e a missão própria da família baseada no casamento", afirmou o pontífice.
O papa pediu aos prelados "que levantem a voz" em defesa da vida humana, do valor do casamento e da promoção da família na Igreja, e exigiu "medidas econômicas e legislativas" em favor da família e para a educação dos filhos.
Esta foi a segunda ocasião neste primeiro dia em Luanda em que o papa se referiu à família. Diante do presidente da República e do Corpo Diplomático, defendeu essa instituição afirmando que é a base da sociedade e que, sobre a mesma, recai o problema da pobreza, do desemprego e das doenças, entre outras.
Bento XVI também criticou o aborto, ressaltando que é uma "ironia" que seja incluído como uma ação de "saúde materna", e que é "desconcertante a tese dos que consideram que a supressão da vida seria uma questão de saúde reprodutiva". EFE
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